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domingo, 11 de maio de 2014

#13 - Sorry

There is no hope, and if you are one of those who still really believe that there is, I have two things to say to you: sorry, I can't do this anymore, not for now, but, I salute you, I really do.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

#12 - Exercício empírico acerca da identidade.

Aproveitando o momento, é bom escrever pra deixar certas coisas claras, principalmente para mim mesmo. Sou um ingrato, e nunca neguei, e este é um dos maiores fardos que carrego, e é bastante pesado, não tenha dúvidas, portanto, você ai que leu algo por aqui e ficou indignadinho, sinta-se devidamente.. Sinta-se devidamente seja lá como que for que gente como você (a quem me privo de adjetivar) se sinta quando julga alguém.

Outra coisa que descobri, é que estava seguindo por um caminho que não era o melhor, e acabei percebendo que me tornei aquilo que queria mais desesperadamente evitar: um grandessíssimo hipócrita. Acho até que já sabia, sempre gostei de me auto-intitular "patife"..

Mais uma: sou um poço de medo e covardia, e esta é mais uma das coisas que nunca neguei, contudo, ao contrário do que a maioria, não faço a mais vaga ideia do porque, sou grato por ser, e sou grato por entender porque sei que sou, e quais as implicações disso na minha vida.

Neste momento, espero que você, sentado ai, esteja já refletindo sobre sua identidade, espero mesmo, porque, por mais execrável que você seja, a sensação de ser honesto consigo mesmo é um alívio no fardo do ser todas essas coisas, e é, acima de tudo, o primeiro passo para fazer algo à respeito.

#11 - Quando penso a respeito dos males que vem pra bem.

Nós, como os seres "humanos" geralmente desprezíveis que somos, temos a covarde tendência, o vício de não aceitar enxergar nossos erros, em boa parte das vezes, por não admitirmos que eles não pertençam a quem pensamos que pertencem.

Pense muito bem antes de decidir assumir a responsabilidade por uma vida, pois aquilo que você fará por ela e com ela, enquanto ela ainda estiver descobrindo quem é, irá guiá-la consciente e inconscientemente em absolutamente todos os momentos da sua vida, portanto, os erros dela serão os seus, assim como os seus são os dos seus progenitores, e os destes, dos seus progenitores e assim sucessiva e infinitamente. Entenda, essa vida pela qual você assume uma responsabilidade, já será metade você, que por sua vez é metade de duas pessoas, que são metades de mais duas pessoas, que são metades de outras duas pessoas e assim, novamente, sucessiva e infinitamente, e como se não bastasse, o que ela se tornará está intrinsecamente relacionado com o que você é, portanto, pense bem.

Tudo o que você disser, como disser, quando disser, irá gerar parâmetros, os quais dirão à ela a como reagir a certas coisas, em determinados momentos, tudo que ela será é resultado quase que único e totalmente seu, portanto, esteja ciente de que a responsabilidade é colossal.

Eis onde entra outro grave defeito de espécie: temos o péssimo hábito de achar que somos perfeitos, que nosso modo de viver e ver o mundo é, quando não o mais correto, o único correto.

Nada disso pode ter cunho científico, mas por favor, não pense que escrevo antes de um longo exercício de observação e reflexão.

No final da contas, o que quero dizer é que, se você quer assumir a responsabilidade por uma vida, esteja ciente que para o bem ou para o mal, boa parte aquilo que ela será, daquilo que ela fizer, desde como ela interpreta, como ela pensa, ao que diz, como diz e quando diz, será resultado daquilo que absorveu de você, e portanto, a responsabilidade, ou se preferirem, a CULPA, será, antes de mais ninguém, SUA, muito mais do que principalmente, naquilo que toca você.